ESPECIAL SEMANA DA MULHER

Futura fisioterapeuta divide rotina de estudos com trabalho e educação das filhas

Roberta Crispim Lourenço conheceu a profissão por meio de uma vivência familiar; estudante faz planos futuros como fisioterapeuta.

Laís Ernesto

09/03/2022

Quando falamos em Dia Internacional da Mulher, muitas palavras vêm à mente: delicadeza, força, esforço, coragem... Mas uma, em especial, serve para descrever a mulher de quem vamos falar: realização. 


A história de hoje, vai muito além das paredes da Toledo Prudente. Ela é aluna, trabalhadora, mãe, sonhadora e, sem emplacar um clichê, guerreira. Roberta Crispim Lourenço, estudante do 3º termo de Fisioterapia do Centro Universitário é um exemplo de mulher que luta por seus objetivos. 


41 anos, moradora de Regente Feijó, mãe da Steffany, de 21 anos, e da Geovana, de 16, cozinheira e, claro, universitária. A aluna faz planos futuros para a carreira como fisioterapeuta e concilia a rotina. 


A trajetória dessa mulher pode representar a de muitas brasileiras. “Comecei a trabalhar oficialmente aos 15 anos como doméstica, ainda sem registro, na época. Parei os estudos no ensino fundamental e, anos depois, retomei, pois sempre foi meu sonho ter uma graduação”, relata.


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Vida e Fisioterapia 

A Fisioterapia entrou na vida de Roberta por meio de uma vivência familiar. “Meu pai passou por uma cirurgia, ficou de cadeira de rodas e precisou de sessões de Fisioterapia. Foi aí que me apaixonei pela profissão, por ser testemunha da recuperação do meu pai pensei: quero poder também levar qualidade de vida às pessoas”. 


“Hoje, estar no 3º termo de Fisioterapia é um sonho. Às vezes me pego transitando pelo campus da Toledo Prudente e não acredito na minha conquista. Não é fácil, mas a única certeza que sei é que não é impossível”, salienta. 


Trabalho e rotina 

Quem vê Roberta pelos corredores e laboratórios da Toledo Prudente não imagina que a rotina da futura fisioterapeuta começa bem cedinho, quando se prepara para mais um dia de trabalho, como cozinheira. “Saio de casa às 6h30, entro no trabalho às 7h30 e meu expediente acaba por volta das 16h. A partir daí, vou para a faculdade e, até o horário da aula, estudo e faço a entrega de trabalhos. Ao final do dia, chego em casa por volta das 23h45”, relata.


E é com orgulho e gratidão que Roberta fala de seu atual trabalho. “Sou grata não só pelo sustento da minha família, mas também por cuidar das pessoas, isso faz parte do requisito para ser uma boa cozinheira e eu amo levar bem-estar”, completa. 


Exemplo 

O Dia Internacional da Mulher é marcado, muitas vezes, pelas mensagens de carinho e presentes, mas sua origem está atrelada à luta das mulheres por direitos e melhores condições de trabalho e de vida. 


Mas o tema também é marcado pelos exemplos de mulheres que encontramos todos os dias, como é o caso de Roberta. “Ser mulher é algo divino, pois tiramos forças de onde não temos. Sou filha de pais separados, sempre vivenciei a luta da minha mãe, minha rainha. Então, eu não poderia ser diferente, desde que me separei tenho trabalhado para conseguir dar conta: trabalho, faculdade e família”, comenta. 


“Estou aprendendo, cada dia mais, a conciliar as coisas. Tudo é muito novo para mim, então procuro fazer uma coisa de cada vez, buscando sempre equilíbrio e apoio. Meu sonho é terminar minha graduação, fazer uma pós-graduação em Gerontologia e outra em Cardiologia e ser uma profissional espetacular. Não aceito menos que isso, fácil não é, mas não é impossível”, conclui Roberta. 


E a nós, mulheres, alunas, mães, filhas, trabalhadoras, temos o orgulho de disseminar histórias como dessa e de tantas outras Robertas.