Alunos criam projetos para crianças com necessidades especiais
Estudantes do 4º termo do curso de Engenharia de Produção da Toledo Prudente apresentarão os produtos publicamente na próxima segunda-feira (20), às 19h15, na Toledo Prudente
17/11/2017

Orientados pelo professor Eli Candido Júnior, os estudantes, divididos em quatro grupos, utilizaram o Arduino (plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre) e a impressora 3D para criar os artefatos, que serão apresentados publicamente na próxima segunda-feira (20), às 19h15, na Toledo Prudente.
Segundo o professor, os alunos tiveram seis meses para a criação, elaboração, construção e conclusão dos projetos, que tem a finalidade de estimular a coordenação motora, a interação, a memória e a atenção das crianças com necessidades especiais.
“Um grupo fabricou uma espécie de labirinto em uma caixa, onde a criança tem que movê-la para fazer a bolinha percorrer todo o percurso. O segundo grupo criou um jogo de memória que funciona a partir de cores e sons. A criança tem que se concentrar para conseguir replicar a sequência que o jogo apresenta”, explicou.
Já o terceiro grupo trabalhou em cima da área de Exatas. Utilizando um visor e um teclado, os alunos propõem um exercício de tabuada e a criança tem que colocar a resposta. Inserindo o resultado na tela, o visor diz se a conta está correta ou não. Por último e não menos importante, o quarto grupo desenvolveu um protótipo com três opções, que estimula a criança a associar uma história a um personagem.
"Os alunos contam uma história para a criança e pedem a elas que apertem o botão referente ao personagem que condiz com a história contada. Acertando ou não, o protótipo avisa por meio de luzes”, acrescentou o professor.
Os trabalhos fazem parte da disciplina de “Projeto Integrador I” e desafiam o aluno, quanto Engenheiros de Produção, a pensar em como poderiam contribuir para o ensino dessas crianças, levando em consideração várias situações, como a Síndrome de Down, a deficiência visual, auditiva, entre outras dificuldades.
“Foi uma experiência muito legal, pois além de apresentarem resultados, os alunos de Engenharia de Produção também foram desafiados a criar uma solução de baixo custo e pensar em como produzir isso em larga escala, pensar em produtos inovadores e tecnológicos. Acredito que este tipo de atividade é o que potencializa a criatividade deles, além de deixá-los ainda mais preparados para o mercado de trabalho”, destacou Eli.
Para o coordenador do curso, Carlos Eduardo Turino, além da esfera educacional, a ideia também teve o objetivo de aflorar o lado social dos alunos.
“A gente sempre ensina o aluno que, além de ser um engenheiro propriamente dito, ele precisa ter um conhecimento generalista. Ele é um cidadão e, também por isso, tem que ajudar a comunidade com o conhecimento que ele adquiriu para tentar melhorar a realidade na qual ele vive e, neste momento, eles conseguiram cumprir isso trabalhando com dois componentes de grande utilidade para a indústria do futuro, o Arduino e a impressora 3D”, ressaltou Turino.