Egresso de Direito faz história em Portugal

Formado em 2009, bacharel acaba de se tornar o aluno mais jovem da história a ingressar num curso de doutorado em Direito na Universidade de Coimbra

26/04/2010

Desde janeiro, o egresso do curso de Direito da Toledo Presidente Prudente Caíque Tomaz Leite da Silva (foto) vive em Portugal, onde cursa Pós-Graduação em Direitos Humanos na Universidade de Coimbra (veja a notícia). Na última sexta-feira (23) ele soube que acaba de se tornar o aluno mais jovem em 704 anos da  história da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra a ingressar num curso de doutorado daquela renomada instituição.

“Esforcei-me muito desde que cheguei aqui, mas sabia que valeria a pena. Procurei os professores certos, elaborei um bom projeto que foi ratificado por dois catedráticos, e na minha banca, o conselho cientifico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra deliberou, por unanimidade, que tenho aptidões para defender meu projeto em nível de doutorado", relata Silva.

O egresso conta que, por não possuir mestrado, teve que percorrer um caminho mais longo para chegar ao doutorado. “Eu precisava ter média geral de graduação superior a nove, elaborar um projeto de doutorado e procurar um ou dois professores que o ratificassem, que seriam meus orientadores se eu conseguisse a vaga. Então, o conselho científico da Faculdade de Direito analisou o projeto e realizou a banca”, completa.

Sobre a emoção de receber a notícia Silva afirma que já comunicou a sua família aqui no Brasil, mas que eles só souberam de tudo após a aprovação. “A sensação eu não sei descrever ainda, parece que estou sonhando! Fazer história em Coimbra, nem sei se mereço tudo isso”, conclui.

As aulas do doutorado têm início em setembro, quando o curso de pós-graduação em Direito Humanos já terá terminado.

Projeto
Em seu projeto de doutorado Silva defende a existência de um movimente de ideias contrário ao que a doutrina atual sustenta, defendendo a existência de um fluxo normativo de constitucionalização do Direito Internacional, por meio da universalização dos Direitos Humanos.

Ou seja, o projeto propõe uma constituição mundial, para uma República Mundial, que tem como ponto de convergência os Direitos Humanos.