Diretor Executivo da PF fala sobre fraude em Exame

05/03/2010

Desde a última terça-feira (2), a mídia nacional vem divulgando o caso do candidato  de Osasco (SP) que foi  flagrado com respostas das questões da segunda fase do Exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), aplicada em todo o Brasil no domingo (28). O bacharel tinha as respostas anotadas a lápis nas páginas do Código Penal,  indicando fraude. Uma reunião neste domingo (7), na sede do Conselho Federal da OAB, em Brasília, definirá o procedimento a ser tomado em relação à prova, que poderá ser anulada.

O egresso do curso de Direito da Toledo Presidente Prudente que é o diretor-geral em exercício do Departamento de Polícia Federal, Luiz Pontel de Souza (foto), afirma que foi entregue pela OAB a representação de uma possível fraude no concurso. “Foi instaurado um inquérito na Superintendência de São Paulo, onde a notícia crime é investigada de forma abrangente”, relata. 

Segundo Souza, estão sendo realizados procedimentos - padr ão em casos de investigação, como identificação de toda e qualquer pessoa envolvida com o Exame, seja candidato ou terceiro. “A Polícia trabalhada em função de esclarecimentos, levantando depoimentos e realizando perícias”, completa.

“É precário dar uma resolução ao caso, mas possivelmente trata-se de um vazamento, um crime de corrupção, falsidade ou algo nessa linha, em que alguém obteve uma vantagem. É precário também falar em prazo, inicialmente são 30 dias do inquérito, mas podemos pedir prorrogamento a Superintendência do Poder Judiciário”, diz o diretor-geral.

Souza finaliza dizendo que a Polícia Federal está investigando o caso com bastante cautela para aprofundar as hipóteses e tudo que gravitar em torno da denúncia, apontando resultados com firmeza, objetividade e clareza.

No total, 18,7 mil candidatos fizeram as provas em 155 locais. Em Osasco, 152 bacharéis foram aprovados para a segunda fase.

Trajetória
Luiz Pontel de Souza formou-se em 1992 no curso de Direito na Toledo Presidente Prudente, tornou-se delegado da Polícia Federa de Presidente Prudente e desde 2007 ele atua como diretor-executivio do Departamento de Polícia Federal, na capital Brasília.