Especialistas falam sobre a Crise

10/10/2008

Mais de 400 pessoas assistiram na noite de ontem (9), a Mesa Redonda quhttp://www.toledoprudente.edu.br/sistemas/imagens/noticias/palescrise9out2008capa.gife foi realizada na Toledo/PP com o tema Crise Financeira Mundial (leia mais sobre esta Crise). O objetivo foi reunir especialistas nos assuntos, de diversos ramos para tratar sobre esta crise que está afetando pessoas e empresas e alarmando a sociedade como um todo.

O mediador da mesa foi o professor da Toledo/PP e economista, Walter Dallari e os participantes foram o economista Alvaro Barbosa dos Santos, o empresário Itamar Pasquini e os também professores da Toledo/PP, o administrador de empresas e gerente de banco, Jorge Luiz Galvão de Oliveira, o administrador de empresas Alexandre Hideo Sassaki e o economista Wilson de Luces Fortes Machado. A organização desta Mesa Redonda foi dos coordenadores dos cursos de Administração de Empresas e Ciências Contábeis.


Antes de começar a falar da Crise o professor Wilson contextualizou um pouco sobre a história do mundo, ressaltando outras crises que já ocorreram salientando que vivemos na era do capitalismo e, por isso, as crises de hoje em dia são bem diferentes de outras que causaram o mesmo impacto.

“Antigamente as crises eram mais naturais como as catástrofes ocorridas e também pela escassez de produtos. Já as crises dessa era do capitalismo, em que o valor surge da produção elas ocorrem devido a superprodução. O que move o sistema hoje é o lucro, porém ele só vem ao final da etapa de um processo que envolve muitos gastos, sendo assim, se ele ao final não chegar não terá como evitar uma crise. Por conta disso, deste capital financeiro conduzindo todo o processo é que vivemos em uma situação de incertezas”, enfatizou.


O economista Alvaro Barbosa, antes de iniciar sua explanação fez questão de ressaltar que estava muito feliz em estar na Toledo/PP, faculdade que lecionou por 18 anos. Alvaro explicou que o banco é por si só uma instituição inadimplente, pois recebe depósitos à vista e quando empresta coloca prazos que ele não consegue reaver. “Então esta Crise que estamos vendo não é exatamente do banco mas sim de confiança. E para quem está preocupado com o Brasil pode acalmar porque estamos bem melhor do que em 2007 temos reservas internacionais, claro que também não podemos achar que somos uma ilha isolada do resto do mundo e que nada disso irá refletir por aqui, mas temos fundamentos que ajudam o Brasil. Por exemplo, hoje só exportamos 15% para os Estados Unidos e só utilizamos 10% dos créditos do exterior na massa de recursos o resto é tudo nosso”, falou. O que Alvaro acredita que seremos prejudicados é pelo fato da alta do dólar e conseqüentemente, dos produtos. Mas para ele esta Crise também tem seu lado positivo. “Apesar de muito dura posso dizer que está é uma Crise necessária, pois o objetivo da maioria hoje é a máxima produção e com isso não estamos respeitando até mesmo, as condições do nosso planeta, um momento muito crítico”.


Sassaki destacou sobre a Bolsa de Valores se os investidores devem aproveitar ou não este momento e também tomar muito cuidado com a alavancagem que é trabalhar com um capital superior aquele que você tem.

O gerente de banco, Jorge Galvão acredita que os bancos estão sólidos e não vão mexer na poupança. Para ele os bancos brasileiros não correm riscos.

Por fim, o empresário Itamar que cuida da parte de exportação de sua empresa, Sementes Oeste Paulista – SOESP acredita que quem mexe com exportação ainda vai enfrentar algumas dificuldades. Conforme ele, existem clientes que estão ligando para renegociar os contratos já que o dólar de R$ 1,60 chegou agora até mesmo a R$ 2,40.