Mulheres sofrem preconceito no mercado de trabalho

Camila Oliveira da Silva, aluna do 2º termo do curso de Direito da Toledo, escreveu sobre essa temática em um artigo apresentado no IX Encontro Toledo de Iniciação Cientifica (ETIC)

14/10/2013

Outubro. Mulher. Rosa. Durante todo esse mês, a sociedade está mobilizada em prol da prevenção e conscientização sobre o câncer de mama. Porém, além desse problema que atinge diretamente a saúde física das mulheres, elas ainda precisam lidar com o preconceito no mercado de trabalho.
 
Camila Oliveira da Silva, aluna do 2º termo do curso de Direito da Toledo, escreveu sobre essa temática em um artigo apresentado no IX Encontro Toledo de Iniciação Cientifica (ETIC). Ela afirma que o preconceito patriarcal ainda está fortemente enraizado na cultura.
 
“Vivemos em uma sociedade machista que ainda não assimilou totalmente ‘a nova forma de pensar’, no qual a mulher é vista como um membro essencial na sociedade, com os mesmos direitos e deveres dos homens”, comenta. 
 
Além do mercado de trabalho, Camila aponta outras formas de preconceito enfrentado pelo público feminino. “No ambiente doméstico, principalmente por meio da violência de gênero, nas ruas com o assédio sexual, na publicidade que muitas vezes apresenta a mulher como sendo um objeto, assim como no mercado de trabalho também”, explica. 
 
Diante da desigualdade apresentada pelo mercado de trabalho, a aluna propõe algumas soluções.imagem
 
“Políticas públicas que visam diminuir as desigualdades são essenciais, já que elas vão criar mais oportunidades para as mulheres no mercado de trabalho, proporcionando a elas uma maior independência e com a ajuda da educação será possível extinguir as ideias preconceituosas que muitos ainda têm do gênero feminino”, propõe.
 
Segundo Camila, apesar do preconceito ainda ser algo presente, os avanços obtidos pelas mulheres são significativos. 
 
“O acesso à educação é significativo, avanços no tocante a legislação também foram conquistados com muita luta e hoje a Constituição Federal estabelece que  todos são iguais sem distinção de sexo, não segregando a mulher de nenhuma forma”, aponta. 
 
Os avanços são relevantes, porém o preconceito de gênero ainda é muito comum.
 
“Isso somado a “dupla jornada” e a tentativa da mulher que escolhe ser mãe e conciliar trabalho e maternidade faz com que, muitas vezes, a mulher deixe sua vida profissional de lado”, expõe. 
 
Por fim, a aluna aponta que em todos os âmbitos da sociedade é preciso melhorar, porque não é apenas no mercado de trabalho que a mulher sofre com o preconceito de gênero. 
 
“Ele também está presente no ambiente familiar. Um claro exemplo disso é a violência de gênero sofrida pela mulher no ambiente doméstico”, finaliza.