Opinião

O desafio de praticar atividade física

27/07/2023

Praticar atividade física é essencial para um envelhecimento saudável. Atualmente, a Organização Mundial da Saúde recomenda que adultos e idosos pratiquem, pelo menos, de 150-300 minutos por semana de atividade física em intensidade moderada, já para crianças e adolescentes a recomendação é de 60 minutos por dia.


Outro fator que deve ser pontuado é o tempo sentado, seja no trabalho ou no lazer, que nos últimos anos tem sido alvo crescente de estudos. Sabe-se que permanecer sentado por pelo menos 8 horas por dia aumenta em 59% o risco de mortalidade, o que é comparável ao risco encontrado em indivíduos fumantes. Portanto, permanecer menos tempo sentado e mais tempo ativo é uma meta importante de ser cumprida.


Entretanto, é pouco conhecido que uma vida ativa pode ser alcançada com pequenas mudanças de hábitos, uma vez que o conceito de “atividade física” é definido como “qualquer movimento corporal que resulte em um gasto energético superior ao de repouso”. Portanto, a “atividade física” inclui não somente esportes ou academia, mas também as tarefas domésticas, a locomoção ativa, como ir ao trabalho a pé, atividades de lazer, e as atividades laborais.


Apesar de conhecermos os benefícios de uma vida ativa, nem sempre é fácil incorporar uma rotina de exercício no dia a dia. A falta de tempo e motivação são as principais barreiras que limitam a aderência à atividade física nos jovens adultos, já em idosos as dores, limitações físicas, doenças crônicas e o medo de realizar algum tipo de exercício sem supervisão são poderosos contribuintes para o aumento do comportamento sedentário.


A segurança durante a atividade física é essencial, um simples passeio no parque pode ser um desafio para populações com doenças crônicas e limitações físicas. Nesse contexto, a fisioterapia é importante tanto para dar confiança e autonomia a essas pessoas quanto para minimizar o risco de quedas, lesões e mal-estares. Portanto, além de reabilitar, o fisioterapeuta deve saber do seu papel na promoção de saúde, sempre se perguntando: “será que o meu paciente tem autonomia para ser ativo fisicamente?”.

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Maria Júlia Lopez Laurino

Maria Júlia Lopes Laurino é fisioterapeuta, mestra em Fisioterapia e doutoranda. Atua na área de Fisioterapia Cardiovascular, estuda sobre a “Estratificação de risco cardíaco e fisiologia do exercício” e é professora do curso de Fisioterapia da Toledo Prudente Centro Universitário.