Opinião

Setembro Amarelo e a Psicologia: entrelaces para o futuro

07/10/2022

O advento da pandemia de Covid-19 trouxe maior evidência à importância dos cuidados em saúde mental, o que reforçou a importância das ações de prevenção ao suicídio que ocorrem especialmente durante o Setembro Amarelo.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, enquanto nos outros continentes as taxas de suicídio estão diminuindo, nos países das Américas elas continuam aumentando, assim como também são crescentes os casos de ansiedade e depressão. Neste sentido, as autoridades e a população precisam estar alertas para os quadros de sofrimento psíquico, uma vez que, quando negligenciados e banalizados, podem se encaminhar para o suicídio.


Diante desta situação, é de se esperar que a profissão do psicólogo tenha sido avaliada como uma das que tem menor probabilidade de desaparecer (UOL, 2022). Afinal, ainda não se tem perspectiva de poder substituir por máquinas e algoritmos a atenção e o cuidado que apenas um outro ser humano pode oferecer ao outro.


Então sim, a Psicologia é uma ciência e profissão que se projeta para o futuro em favor daqueles que sofrem frente às inquietudes da existência e também uma profissão que vem se adaptando para atender as demandas nos diferentes âmbitos da vida humana. Seja para contribuir para o desenvolvimento humano (como instituições de ensino e organizações de trabalho), para contribuir para solução de conflitos e amparar decisões (como no âmbito judicial e na seleção de pessoas para vagas de emprego), para promover a saúde mental e acolher e tratar aqueles que já estão adoecidos ou cogitando tirar a própria vida: a cada novo desafio que se impõe aos seres humanos, lá poderá (e deverá) estar a Psicologia.


Alegretti, L. Trabalhador ou máquina? As 10 ocupações com maior (e menor) chance de sumir no Brasil. BBC News/UOL, 2022. Acesso em: 25/09/2022, disponível em: https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2022/07/23/trabalhador-ou-maquina-as-10-ocupacoes-com-maior-e-menor-chance-de-sumir-no-brasil.htm?cmpid=copiaecola

Autor (a):
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Mariana Hauser de Castilho

Psicóloga clínica e psicóloga judiciária do Tribunal de Justiça de São Paulo, tem pós-graduação em Gestão de Pessoas, mestre em Psicologia e coordenadora do curso de Psicologia da Toledo Prudente Centro Universitário.