Opinião

A linguagem do amor

07/10/2022

Iniciar a reflexão “A linguagem do amor” com a passagem bíblica abaixo é traduzir a esperança em tempos de suicídio e desamor pela vida!

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine” (1Co 13, 1).

Conviver com jovens universitários é exercitar a motivação, o futuro e a própria vida, mas ocorre que, de uns tempos para cá, principalmente pós pandemia da Covid-19, temos presenciado alguns deles desmotivados, tristes, depressivos e sem perspectiva, adoecidos e muitos pensando em tirar a própria vida!

O que fazer diante desta crucial realidade? Precisamos acolher, entender e principalmente ouvir estes jovens que carecem de apoio emocional. De que adianta tanto conhecimento e formação acadêmica se não houver prazer pelas coisas simples e a compreensão de que podemos ser felizes e melhores apesar das adversidades que nos acometem? Sim, podemos e devemos! De que forma? Estando mais próximos, promovendo encontros culturais e musicais, regados de seres humanos que falam e transmitem a língua do amor!

Ah esta linguagem tão escassa precisa urgentemente voltar em nosso meio.

O suicídio é uma grande realidade, gerando prejuízos à sociedade como um todo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dados de 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia! Muitos deles, jovens próximos a nós! Vamos ajudar a mudar essa triste estatística.

Neste ano, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), traz o lema “A vida é a principal escolha” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.

Cabe a nós, portanto, participar não somente da campanha e da alusão ao Setembro Amarelo e sim revestirmos da cor do amor, da cor que salva e traz o colorido para os que sofrem, muitas vezes silenciosamente, esperando o nosso contato e a nosso afeto.

Que nossas condutas sejam ainda mais assertivas, ou seja, que possamos não somente falar as línguas dos anjos, mas também dos serem humanos, que esperam somente por amor! Nosso amor!
Autor (a):
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Neuza Gibim

Psicopedagoga, mestre em Educação e Psicopedagogia, responsável pelo programa de Apoio Psicopedagógico da Toledo Prudente.