Opinião
O impacto das novas tecnologias na educação jurídica
17/06/2021
A pandemia acelerou muitos processos tecnológicos de diversos setores da sociedade e o judiciário não se mostra como exceção, pelo contrário, está passando por uma transformação digital em todos os aspectos, desde a faculdade - com uma nova organização para o curso de Direito - bem como no exercício profissional, hoje observado em todas as carreiras e instâncias.
Atualmente, as Diretrizes Curriculares do MEC trouxeram a obrigatoriedade da inclusão do conteúdo de direito digital na matriz curricular do curso de Direito, além da exigência de promover um letramento digital que inclua práticas remotas mediadas por tecnologias de informação e comunicação para os alunos durante a graduação. Estas atividades podem ser desenvolvidas por meio de plataformas e programas que simulem a realidade processual, com peticionamento eletrônico, entrevistas de clientes, realização de audiências e sessões de mediação e conciliação e participação em julgamentos e competições jurídicas.
Esta é a realidade do Poder Judiciário e exigência do mercado de trabalho atual, onde o jurista se depara com o processo judicial eletrônico, audiências virtuais, inteligência artificial, banco de dados, sustentação oral nas instâncias superiores, visual law, além da advocacia 4.0. Todas elas trazidas pela era digital e, agora, mais impactadas pelas transformações causadas pela pandemia.
Portanto, é imperioso que o aluno tenha uma boa formação teórica durante a graduação, com aulas práticas que se atentem à transformação digital para desenvolver as habilidades e exigências tecnológicas que se mostram fundamentais para o exercício da carreira jurídica no futuro, que já se mostra tão presente com a evolução que vem ocorrendo desde o último ano.
Autor (a):
Ligia Maria Lario Fructuozo
Coordenadora do Núcleo Prática Jurídica da Toledo Prudente Centro Universitário.