Opinião
Começar, recomeçar
25/02/2021
O ano de 2021 chegou e com ele a esperança de que seria um ano letivo igual a muitos outros que vivemos, mas não é bem este o cenário. A pandemia ainda faz parte de nossas vidas e dos nossos estudantes, que continuam com suas incertezas e inseguranças diante do novo. Talvez novo não seja o conceito exato para os que já cursavam o ensino superior, mas sim, para os alunos que ingressaram neste ano.
Estamos, desta forma, diante dos verbos recomeçar e começar, mas que nos direcionam para a mesma ação de fazer, operacionalizar e de produzir. Mas de que forma começar ou recomeçar? A discussão passará pelos sentimentos e comportamentos diante destas ações. Fácil? Não! Porém, possível, se entendermos que é preciso coragem, disposição, consciência e muita flexibilização para os acontecimentos.
O primeiro encontro, o primeiro ano do ensino superior chega num momento de vida especial para nossos jovens. Esperam por este período como um período de mais autonomia, dos encontros com os amigos e de liberdade, afinal, estão na faculdade.
O currículo une a participação efetiva das competências e habilidades a serem adquiridas dos cursos escolhidos com os encontros com amigos, as infindáveis conversas nos intervalos, nos corredores e as festas. Currículo banhado de emoções, conquistas emocionais e comportamentais.
Assim, entendemos que a faculdade não é somente uma oportunidade rica da conquista profissional, como também, a construção de um ser humano mais feliz, mais completo para o trabalho em parceria e com seus pares.
Do outro lado, vivendo este momento tão particular, jovens iniciaram seus cursos de graduação de suas casas, de forma remota, ou talvez híbrida, desapontados, inseguros, desanimados com a falta da presença física de seus novos professores, colegas ou amigos. É o fim? Não, apenas o começo de uma nova história a ser escrita por eles e acredito, ainda, que uma ótima oportunidade de iniciar suas carreiras e pensar sobre o que o mercado de trabalho precisa em época atual: pessoas capazes de se adaptarem, de fazer o novo, de serem criativas, inovadoras e à frente de suas escolhas.
Assim, é preciso acreditar, aproveitar as oportunidades, não desanimar, mas entender a crise, a pandemia como uma otimização dos recursos internos e seguir adiante com novas histórias a contar.
Esta geração terá o orgulho de ter vivenciado a experiência de se reinventar, criar e vivenciar novos modelos de estudantes e conquistadores do hoje.
É só acreditar!
Autor (a):
Neuza Gibim
Psicopedagoga, mestre em Educação e Psicopedagogia, responsável pelo programa de Apoio Psicopedagógico da Toledo Prudente.