Opinião

Woody genocida e as marcas chatas

25/11/2020

Esse é um texto sobre pessoas, marcas e posicionamento. Uma tentativa de alcançar uma luz no final deste túnel de gelatina, (nada contra a gelatina), apenas uma alusão a fala dos gastrônomos: “Falta textura, falta sabor, falta acidez!”.

 

Quando pensamos em marcas pensamos em pessoas. É na mente delas que as marcas se constituem e florescem. E como está esse terreno hoje? Vamos relembrar um fato recente:

 

Você deve conhecer o Woody. Personagem de um clássico infantil: Toy Story. Recentemente esse personagem ganhou características monstruosas: genocida, perigoso e ofensivo. Isso tudo por ser um cowboy e no passado eles não terem sido legais com o indígenas norte-americanos, tornando-o, então, um assassino por descendência.

 

Segundo o The Daily Wire até Tom Hanks (dublador do personagem) teria twittado um pedido de desculpas por ter cedido sua voz para o cowboy no filme.

 

O único detalhe é que o artigo era uma sátira. Texto que foi compartilhado, printado, repostado como verdade e com defesas do “posicionamento” do artigo satírico original, quase um movimento gelatinoso.

 

No mesmo sentido muitas marcas estão caminhando, sem foco, embotadas, tipo gelatina, daquelas coloridas, mas sem o leite condensado. Exatamente como as pessoas que compartilharam o The Daily Wire, seguindo um movimento que não existe, em busca de um significado que não está disponível.

 

Existe um remédio, para as marcas, sim!

 

A propaganda e as marcas não estão chatas por falta de criatividade (somos cada vez mais criativos, acredito que nunca criamos tanto, nunca produzimos tanto conteúdo), mas a chatice tem origem na falta de posicionamento, ficam pulando de onda em onda em busca por significado.

 

Posicionar é escolher algo pelo que lutar, escolher de que lado ficar, (só não vale a parte de cima do muro, lá é o lugar das marcas chatas, gelatinosas e sem graça).

 

Para melhorar nossa compreensão, podemos dizer que o posicionamento é um ponto onde se juntam os círculos em um diagrama de Venn considerando três aspectos:

 

1- Fazer algo que sua marca é boa em fazer

2- Tornar a vida das pessoas melhores em alguma coisa

3- Sentir-se admirado por isso

 

Esse ponto é considerado a razão de existir da sua marca. Compreender no que sua marca é boa, como você muda a vida das pessoas e pelo o que você pode ser admirado vai te ajudar a encontrar o posicionamento da sua marca, ajudando a livrar o mundo de mais uma marca chata!

Autor (a):
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Leonardo Lepre

Ppublicitário, mestre em Educação e doutorando em Administração. É coordenador dos cursos de Marketing e Marketing e Publicidade, assim como do MBA em Marketing Digital e Estratégias para Redes Sociais e de Inovação Acadêmica da Toledo Prudente Centro Universitário.