Ex-alunos reverenciam a Toledo

08/08/2006

Aprovados na magistratura reverenciam seus professores e a escola

Durante o período em que foram alunos, eles apresentavam muitas diferenças, mas havia entre os acadêmicos duas semelhanças importantes, além da escolha pela graduação em Direito. Buscavam um mesmo ideal, de alcançar a Magistratura do Estado de São Paulo, e escolheram um mesmo caminho: fazer direito na Toledo.

O meio escolhido, ou seja, freqüentar uma das melhores escolas do Brasil foi o que primeiramente reuniu os mais novos juízes do Estado: Gabriel Medeiros e Luiz Augusto Esteves de Mello.Agora juntos pelo êxito alcançado e pela amizade que fizeram durante o período de estudo pós-faculdade, vieram para uma visita à Faculdade de Direito de Presidente Prudente. O objetivo foi agradecer e comemorar o sucesso.

Aproveitaram a oportunidade da presença nas dependências da Toledo para ressaltar a importância dos professores nas suas aprovações, demonstrando gratidão e confiança no futuro que lhes espera na vida profissional como membros do Poder Judiciário.

Gabriel, 29 anos, Luiz Augusto, 30 anos, os dois solteiros, colocaram grau em janeiro de 2003. Trilharão agora um novo caminho e esperam, um dia, alcançar os tribunais. Mas, neste primeiro momento, fizeram questão de compartilhar o êxito da aprovação com aquela a qual chamam de "nossa escola" ou "nossa segunda casa", a Toledo.

Os dois ingressaram na carreira depois de participarem de um dos mais difíceis concursos públicos de títulos e provas do país. Foram aprovados no 179.º Concurso da Magistratura do Estado de São Paulo encerrado em agosto e tomam posse, provavelmente, no próximo dia 16, em São Paulo, numa cerimônia marcada para a sede do Tribunal de Justiça. Esperam a designação para as comarcas onde vão atuar, havendo a possibilidade de ficarem nas regiões de Prudente, Dracena ou Araçatuba.

Gabriel cursou a faculdade no período noturno e sempre se mostrou um aluno extrovertido e questionador.Era bastante conhecido pelos seus mestres pelas polêmicas doutrinárias. Fez estágio desde o primeiro dia de aula até o último dia do quinto ano, como ressalta, com o advogado Joaquim Hélcio Ferreira, a quem faz questão de citar como um dos principais responsáveis pelo seu sucesso. Aliás, a aprovação em concurso e o sucesso não são novidade para ele, que já havia começado este ano com a aprovação para o cargo de Promotor Público do Estado de Goiás. Para os amigos, Gabriel era uma figura carismática e especial, que se dedicava às leituras dos clássicos, como Ponte de Miranda e Rui Barbosa.

Conhecia, profundamente, Teoria Geral do Estado, o que acabou sendo um ponto importante na disciplina de Direito Constitucional. A vocação foi surgindo aos poucos, mas os planos incluem ministrar aula num futuro.

"A vontade era mesmo de ser Juiz de Direito e fazer uma boa faculdade ajudou muito. Mas, o que consegui foi possível, também, graças à boa estrutura familiar e muita disciplina", disse Gabriel, que abriu mão do cargo de promotor em Goiás, apesar da vantagem financeira dessa carreira.

"Fomos até o Fórum, agradecer alguns dos professores que tiveram papel importante na nossa formação", afirmou Luiz Augusto, ressaltando que agradece aos mestres de uma maneira geral, pois todos tiveram importante papel na sua formação intelectual".

Luiz Augusto, por sua vez, fez faculdade pela manhã e também lembra de dois estágios que complementaram seus estudos na Toledo, com o promotor Gilson Amâncio de Souza e com a juíza Flávia Medeiros.

Luiz Augusto sempre foi mais reservado e metódico nos seus estudos, que não se limitavam aos ensinamentos da sala de aula. Sempre aprofundava seus conhecimentos nos livros, demonstrando uma dedicação constante e trocando informações com seus colegas de sala. Era um dos alunos de melhor rendimento da sua sala, embora não tenha demonstrado preocupação em momento algum durante o período de graduação, pois as suas "boas notas" ocorriam normalmente, fruto de um excelente preparo intelectual.

Ressalta que sente muito orgulho de ter estudado na Toledo: "A contribuição que vem de uma excelente faculdade na nossa formação é decisiva nos concursos, pois é onde conseguimos a base, onde construímos os alicerces do nosso aprendizado. A contribuição dos professores é tão grande, que fica complicado citar um ou outro nome de mestre. Mas fiz questão de falar pessoalmente com vários deles, para repartir essa conquista".

A sua vontade de se tornar magistrado veio desde os bancos, pois esteve participando de dois outros exames orais (última fase) no Estado de São Paulo e noutro no Paraná. Pretende se dedicar à magistratura como um sacerdócio e continuar a escrever uma história de sucesso."Eu e o Gabriel não descartamos num futuro a possibilidade de dar aula aqui na Toledo, embora seja muito cedo para se pensar nisso", encerra Luiz Augusto.